sexta-feira, 9 de setembro de 2011

2 semanas e meia em Amesterdão = 2 meses em Lisboa.

Isto é maravilhoso. Tenho a sensação que construí uma família aqui. Em 2 semanas e meia, tenho uma nova família. Como é possível? Numa situação normal ninguém faria "amigos para a vida" em 2 semanas. Mas aqui é diferente. 2 semanas correspondem a 2 meses em Lisboa. Sem tirar nem pôr. É a intensidade com que se vive tudo aqui.

Não são as festas, ou as saídas, ou o que fazemos. Até podemos não estar a fazer nada, podemos não estar na "festa erasmus" mais badalada, mas sim na cozinha do 7º andar. Não é o local, são as pessoas e o ambiente. Não é mais a popularidade, mas antes a amizade, as private jokes dentro de um grupo, a lealdade, o dedicar menos tempo a conhecer pessoas novas (as centenas que conhecemos na primeira semana chegaram bem), e mais tempo a conhecer melhor as pessoas que já conhecemos, é gostar genuinamente daquelas pessoas.

É simplesmente fantástico, é que faz-me chegar ao ponto de estar no meu quarto aborrecida até dizer chega (porque aqui é tudo tão intenso e agitado, que 1 hora quieta parece um dia inteiro) e só estar a pensar quando chega aquela hora, já típica, em que todos nos reunimos. E ficar lá com eles e pensar que tenho que ir dormir porque no dia seguinte tenho aulas de manhã, mas nem me importar com o pouco que possa dormir, sinto-me tão bem, tão bem, lá. É esta fase a de fazer amigos com A grande, não aquela conversa de chacha que durou 1 semana e meia sempre a dizer as mesmas coisas e a perguntar as mesmas coisas "hi! I'm Claudia. How are you? where are you from?" vezes e vezes sem conta, centenassss de vezes. A fase de criar aquele grupinho de pessoas a quem sabemos que podemos pedir ajuda, se precisarmos, aquelas pessoas com quem traçamos planos para viagens. Mais do que aquele rapaz giro e simpático que conhecemos no outro dia na discoteca, divertido mas efémero, sem importância.

Mas perder-me em detalhes aqui no blogue seria mais que difícil, seria inútil, ao fim de um dia que tem 20 horas e todas elas serem pequenas eternidades, 20 eternidades, amplificadas no meu mundo aparte do real.

Quando os meus pais e a minha avó me telefonam perguntam sempre se estou a gostar, e eu digo que sim, e depois perguntam se estou "mesmo a gostar", como quem não acredita em mim. Oh dios, se eles soubessem como estou a gostar. (eu é que não sou de me pôr aos gritinhos histéricos ao telefone, mas por dentro é assim que estou).

Algumas fotos que ficaram pelo caminho





1 comentário:

Sandro Canossa disse...

Faz um blog para os teus pais xD ahaha loool assim seguem os acontecimentos, obviamente aqueles que TE interessa XD