... e que bem que estou aqui!!!
Lembro-me da preparação, do medo, do nervosismo e da ansiedade do dia 22 de Agosto de madrugada... tudo em vão! Porque tinha já feito as minhas pesquisas, lido muitooo blogue sobre pessoas que fizeram erasmus, falado com amigos que o fizeram também. A opinião geral era comum: a primeira semana era horrível, a adaptação por vezes é difícil, e as saudades de casa!... Mas para mim, foi totalmente diferente. A adaptação foi 100% concluída ao fim das minhas primeiras horas aqui. Demorei pouco tempo a perceber que não me podia basear nas experiências dos outros. Tinha que construir a minha própria experiência e viver isto à minha maneira. Então, foi o que fiz. Chorei muito no aeroporto, mas assim que pus os pés no aeroporto Schiphol, totalmente sozinha e desamparada, senti-me feliz assim, mesmo sozinha, desamparada, on my own, e com a séria responsabilidade de me desenrascar sozinha. As saudades de casa não bateram até à 3ª semana, ou por aí... E superei-as rápido e bem. Pois. Foi há um mês. Ainda me lembro da primeira noite, depois de passar todo o dia em burocracias e quando finalmente consegui chegar ao meu quarto, arrumar tudo, tomar um banho, jantar e descansar... pensei que tinha que dormir, tinha feito uma directa na noite anterior e mesmo assim não andava a dormir grande coisa devido às despedidas, preparativos e nervosismo, estava acordada há quase 48 horas seguidas já com muito cansaço atrás acumulado, mas pensei para mim mesma "vou ao café ver o que se passa" (não me apetecia nada, estava a sentir-me mesmo anti-social, lol). Nessa noite? Conheci algumas das pessoas que hoje são das minhas melhores amigas (e amigos) aqui.
E a ideia pré-concebida que eu tinha do que ía ser o erasmus: muita borga (demais), nada de estudo, e uma difícil adaptação. Sim, basicamente era isto. Estava cheia de medinho da parte da adaptação, e não me via a ir todas as noites para a borga - não tinha nada a ver comigo quando estava em Lisboa - e achava que ía estudar imenso, que queria aproveitar o facto de estar aqui para isso. Mas mudei totalmente a minha opinião. A adaptação não é aquele cabo das esperanças que temos que dobrar, e erasmus é muito, mas muito mais do que simples borga e estudo. Sim, também há borga, e também há estudo, mas Erasmus é tudo, uma variedade de coisas incrível... Tudo, é a palavra mais adequada. Tudo dxi bom! Como dizem os brasileiros.
E a ideia pré-concebida que eu tinha do que ía ser o erasmus: muita borga (demais), nada de estudo, e uma difícil adaptação. Sim, basicamente era isto. Estava cheia de medinho da parte da adaptação, e não me via a ir todas as noites para a borga - não tinha nada a ver comigo quando estava em Lisboa - e achava que ía estudar imenso, que queria aproveitar o facto de estar aqui para isso. Mas mudei totalmente a minha opinião. A adaptação não é aquele cabo das esperanças que temos que dobrar, e erasmus é muito, mas muito mais do que simples borga e estudo. Sim, também há borga, e também há estudo, mas Erasmus é tudo, uma variedade de coisas incrível... Tudo, é a palavra mais adequada. Tudo dxi bom! Como dizem os brasileiros.
Foi há um mês e foi um dos melhores da minha vida!... Parece pouco tempo "in a lifetime", mas digo-vos, as coisas que se vivem aqui vivem-se com uma intensidade tal. Está sempre, mas sempre, a acontecer alguma coisa em vários sítios e com várias pessoas ao mesmo tempo. Eu tenho a sensação que estou aqui desde sempre, que me sinto em casa, e quando olho para o calendário e vejo que só passou um mês, nem acredito.
Se há alguma coisa completamente oposta à monotonia e aborrecimento e tempos mortos é mesmo o Erasmus. É tudo muito cativante e interessante, tudo muito novo, apaixonante, com vontade de descobrir. As horas de sono foram poucas mas nunca importou, o meu corpo está 24/7 activo, acordo sem sono mesmo depois de apenas dormir 4 horas e preparada para tudo, e feliz, porque sei que é provável que esse dia vá ser mais um dos melhores da minha vida! A adrenalina em altos níveis (calculo), as horas de aulas e estudo menos do que deviam ter sido, as horas de borga e de chegar a casa totalmente wasted foram demais (espero que os meus pais não leiam isto). Mas não são as borgas que fazem o meu erasmus, são sim as pessoas, os pequenos momentos, as pequenas conquistas, as pequenas aprendizagens, de todos os dias, 24/7, a família que se constrói aqui, é demais. É espectacular. Mas o que mais gosto aqui é mesmo aquele processo em que se constrói amizades. O sentir que se está a construir uma amizade para a vida, é quase palpável, é tão, mas tão, BOM.
Se há alguma coisa completamente oposta à monotonia e aborrecimento e tempos mortos é mesmo o Erasmus. É tudo muito cativante e interessante, tudo muito novo, apaixonante, com vontade de descobrir. As horas de sono foram poucas mas nunca importou, o meu corpo está 24/7 activo, acordo sem sono mesmo depois de apenas dormir 4 horas e preparada para tudo, e feliz, porque sei que é provável que esse dia vá ser mais um dos melhores da minha vida! A adrenalina em altos níveis (calculo), as horas de aulas e estudo menos do que deviam ter sido, as horas de borga e de chegar a casa totalmente wasted foram demais (espero que os meus pais não leiam isto). Mas não são as borgas que fazem o meu erasmus, são sim as pessoas, os pequenos momentos, as pequenas conquistas, as pequenas aprendizagens, de todos os dias, 24/7, a família que se constrói aqui, é demais. É espectacular. Mas o que mais gosto aqui é mesmo aquele processo em que se constrói amizades. O sentir que se está a construir uma amizade para a vida, é quase palpável, é tão, mas tão, BOM.
E só de pensar que este foi só e apenas o primeiro mesinho. De pensar que quero preencher os próximos 5 com viagens, com novas aquisições de conhecimento, com mais e mais festas (e eu não sou assim tão festiva, sou uma pessoa bastante calma, mas aqui não, mudei completamente nesse aspecto), com as amizades a crescerem de dia para dia.
Este foi o primeiro mês e foi um dos melhores meses da minha vida. SEGURAMENTE. Acho que se me tivesse de ir embora agora, ía chorar baba e ranho, e se continuar a gostar assim tanto, ainda cá fico é um ano inteiro! :D E claro que já pensei nisso... a única coisa que me deixa de pé atrás em prolongar a minha estadia aqui é que não há ajudas financeiras no 2º semestre, como só me candidatei para 1... além disso tinha de pagar as propinas da faculdade daqui, as propinas de um ano inteiro, que são só o dobro ou o triplo do que em Portugal, só por um semestre. Só por isso já vou pensar duas vezes antes de pedir prolongamento.
Após este primeiro mês tenho um conselho para dar às pessoas que consideram a hipótese de fazer Erasmus e especialmente para as pessoas que dizem "a minha vida é uma seca": se forem estudantes universitários, é "façam erasmus". E não se deixem prender por falta de dinheiro, eu fiz um pé de meia (trabalhei em vários sítios diferentes durante 2 anos e não gastei esse dinheiro, até criei uma conta-poupança em que não podia mexer) para vir fazer isto; privei-me de muita coisa que queria fazer em Lisboa com esse dinheiro, mas vejo que foi um bom investimento e que está a valer bem a pena. Além disso, geralmente a faculdade dá uma ajudinha, uma bolsa, muitas vezes (como no meu caso) nem chega para pagar a renda do quarto, mas já é alguma coisa, e é um sacrifício que vale bem a pena. Ou então façam Erasmus num país mais barato (eu também fui logo escolher um em que o salário mínimo ronda os 1500€, lol, preço de vida alto, mas não assim tanto para os estudantes...), como países de leste; não interessa o onde, as experiências que daqui se retiram ultrapassam espaços geográficos. Não se deixem prender pelo medo dos maus momentos, eles vão sempre acontecer, quer aqui, quer em "casa"... O mau de ser aqui (ou noutro país qualquer que não o nosso) é que estamos sozinhos e provavelmente não temos ninguém que nos ajude... mas, e então? Isso não te ajuda a crescer? Até porque acabam por ser criadas amizades aqui que nos dão a sensação que nunca, nunca estamos sozinhos - às vezes nem mesmo quando queremos, ahahah - e que temos sempre ajuda se precisarmos.
Não se deixem prender pelo medo das saudades de casa... isso vai eventualmente acontecer, mas compensa; e passar uns mesinhos fora de casa nunca matou ninguém, só nos ajuda a crescer, mais dia menos dia vamos ter que sair debaixo da saia da mamã. Não se deixem prender com medo da falta de adaptação; o pior que pode acontecer é a adaptação demorar mais (eu tive muita sorte nesse aspecto, mas acredito que também tenha a ver com a minha personalidade), mas ela eventualmente acontece... e a quantidade de pessoas que se conhece e que está na mesmíssima situação que nós ("vim sozinha/o, não conheço ninguém"), é incrível; é um denominador comum e uma rampa de lançamento para se começarem a fazer amizades... já para não falar que há todo o tipo de pessoas, se não gostar destas, acabo por encontrar outras que tenham mais a ver comigo.
Não se deixem prender pelo medo, nem pela língua em que são leccionadas as aulas, até porque a maioria dos países tem aulas em inglês (aparte de França, Itália, e os países que costumam dobrar os filmes, lol). Ou então vão para Espanha, qualquer português que se preze consegue desenrascar-se com o espanhol. Apesar de eu achar que fazer Erasmus em Espanha é demasiado perto de Portugal... e preferir mais longe, mas isso é uma opinião pessoal, soube de histórias de Erasmus em Espanha bem sucedidas.
Enfim, não se deixem prender por nada de nada, porque esta é uma experiência completamente imperdível, não só em termos académicos (sim, ter uma experiência de intercâmbio no currículo é sempre muitos pontos a favor, mas isso nem é o mais importante, na minha opinião), mas também, e sobretudo, em termos de enriquecimento pessoal. Saímos daqui com uma bagagem pessoal maior do que a que construímos, talvez, em toda a vida antes de termos vindo. E eu digo isto com uma bagagem pequenina de um mês. Enfim, façam Erasmus, é o melhor conselho que posso dar. Mas, sobretudo: tenham uma mente aberta. :)
DIA FELIZ.
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