Tenho escrito uma lista das palavras que têm caracterizado o meu Erasmus, e elas são:
crescimento, aprendizagem, amizade, paixão, intensidade, momentos, festa, calma, tempo, fim, recomeço, conhecer, explorar, descobrir, novidade, experimentar, loucura, riscos, arriscar, letting myself go, viajar, aventura, flexibilidade, mente aberta, liberdade, querer, apetecer, desejo, conseguir, accomplishment, aproveitar, amazing, mindblowing, experiência, romance, beautiful, beijo, sexo, espontaneidade, imprevisibilidade, mágico, ecstase, insanity, amor.
Fiz as minhas pesquisas, antes de vir em erasmus. Li muitos blogs, foruns, testemunhos. Tinha alguma expectativa, mas ao mesmo tempo, não sabia o que esperar. Ainda me lembro da noite de 21 para 22 de Agosto. Sentia-me à beira de um abismo, prestes a saltar para o total desconhecido, com medo do que me esperava, sem saber se iria saber estar à altura, lidar com o que desse e viesse, sozinha, pela primeira vez na minha vida, num país totalmente novo para mim, numa realidade totalmente diferente da que vivia.
Mas a minha experiência, turned out, não se assemelha a de nenhuma que alguma vez tenha lido. Não que seja pior ou melhor (apesar de, claro, eu considerar a minha a melhor possível), mas diferente.
As minhas expectativas passavam, obviamente, por não estudar tanto como o faria se estivesse em Lisboa; o de estar em festa 24/7, cometer loucuras, fazer coisas que nunca faria. Tudo isto aconteceu. O que eu não esperava foi encontrar este caminho de descoberta, de auto-conhecimento, esta viagem pessoal, esta viagem dentro de mim. O quanto cresci, o quanto mudei, ao ponto de não conseguir colocar-me mais na mente da Cláudia-antes-Erasmus. As coisas que descobri e aprendi acerca de mim mesma, a mesma personalidade, com algumas arestas melhor limadas, alguns aspectos que apareceram, outros que desvaneceram. Nunca esperei apaixonar-me da forma que me apaixonei; não só por ele, mas por toda a nova realidade que criei, tudo à minha volta, toda a vida. Descobri felicidade em pessoas, locais, situações, pequenas e insignificantes coisas, às quais nunca tinha dado valor. Como estou grata por elas. Oh, como estou grata...
Se no dia 21 de Agosto de 2011, o dia que marcou este ponto de viragem na minha vida, eu estava completamente assustada e duvidosa acerca do futuro, hoje, tenho uma perspectiva completamente diferente: muito mais present-oriented, muito mais "viver no momento", "amanhã é outro dia", mas ao mesmo tempo, sinto que ganhei uma maturidade que me permite sentir-me segura acerca do "amanhã", sem medos, com capacidade para lidar com o que aparecer. Para o que der e vier, aqui estarei para enfrentar... Sinto-me forte. Mais forte, mais capaz, bem, mas bem, mais confiante. Como o outro diz: "whatever tomorrow brings I'll be there, with open arms and open eyes".
Se no dia 21 de Agosto de 2011, o dia que marcou este ponto de viragem na minha vida, eu estava completamente assustada e duvidosa acerca do futuro, hoje, tenho uma perspectiva completamente diferente: muito mais present-oriented, muito mais "viver no momento", "amanhã é outro dia", mas ao mesmo tempo, sinto que ganhei uma maturidade que me permite sentir-me segura acerca do "amanhã", sem medos, com capacidade para lidar com o que aparecer. Para o que der e vier, aqui estarei para enfrentar... Sinto-me forte. Mais forte, mais capaz, bem, mas bem, mais confiante. Como o outro diz: "whatever tomorrow brings I'll be there, with open arms and open eyes".
Hoje? Exactamente 5 meses desde que aqui estou. Grata por tudo o que eles me ofereceram; curiosa para saber o que os próximos 5 me reservam.
Hoje, quando a Roos passou pelo meu quarto ao vir das aulas e das compras, senti-me triste, quando me apercebi de que estes pequenos momentos - os momentos mais simples e insignificantes como aqueles em que a Roos passa pelo meu quarto ao vir das aulas e me conta como foi o dia dela, toda entusiasmada - têm os dias contados para, exactamente, uma semana, data em que ela vai voltar para casa. Começámos a tentar encaixar tudo o que ainda temos e queremos fazer, enquanto estivermos todos juntos, neste espacinho de uma semana: a girlsnight que está a ser planeada há meses; locais que queremos ir na cidade (museus, cafés, lojas, coffeeshops,...) e que ainda não fomos; o brainstorming acerca do que queremos construir como memória de erasmus (colagem com fotos, vídeo, etc.), compras, jantares, saídas... De repente, tudo pareceu tanto, e o tempo tão pouco. O que andámos a fazer nos últimos 3 ou 4 meses? Porque nunca dei tanto valor a uma simples vinda da Roos ao meu quarto quando chega à residência, como dei hoje, se ela o fez vezes sem conta? Se olho para trás, vejo meses preenchidos de pequenas eternidades; pequenos momentos em que não fizemos nada, mas fizemos tudo. São momentos que nunca vou esquecer. O meu foco, por agora, é mesmo focar-me nas restantes 192 horas que tenho com eles. As últimas 192 horas em que vou poder estar tão próxima assim, como nunca tive de ninguém, estar com eles o dia todo e fazer absolutamente tudo com eles, enfim, basicamente, viver com eles. Quero apenas estar feliz por este momento; porque este momento é a minha vida. Uma vida com um sentimento de preenchimento que poucas vezes senti.
Hoje, quando a Roos passou pelo meu quarto ao vir das aulas e das compras, senti-me triste, quando me apercebi de que estes pequenos momentos - os momentos mais simples e insignificantes como aqueles em que a Roos passa pelo meu quarto ao vir das aulas e me conta como foi o dia dela, toda entusiasmada - têm os dias contados para, exactamente, uma semana, data em que ela vai voltar para casa. Começámos a tentar encaixar tudo o que ainda temos e queremos fazer, enquanto estivermos todos juntos, neste espacinho de uma semana: a girlsnight que está a ser planeada há meses; locais que queremos ir na cidade (museus, cafés, lojas, coffeeshops,...) e que ainda não fomos; o brainstorming acerca do que queremos construir como memória de erasmus (colagem com fotos, vídeo, etc.), compras, jantares, saídas... De repente, tudo pareceu tanto, e o tempo tão pouco. O que andámos a fazer nos últimos 3 ou 4 meses? Porque nunca dei tanto valor a uma simples vinda da Roos ao meu quarto quando chega à residência, como dei hoje, se ela o fez vezes sem conta? Se olho para trás, vejo meses preenchidos de pequenas eternidades; pequenos momentos em que não fizemos nada, mas fizemos tudo. São momentos que nunca vou esquecer. O meu foco, por agora, é mesmo focar-me nas restantes 192 horas que tenho com eles. As últimas 192 horas em que vou poder estar tão próxima assim, como nunca tive de ninguém, estar com eles o dia todo e fazer absolutamente tudo com eles, enfim, basicamente, viver com eles. Quero apenas estar feliz por este momento; porque este momento é a minha vida. Uma vida com um sentimento de preenchimento que poucas vezes senti.
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