sábado, 28 de abril de 2012

Past, present & future-oriented



Estou a ler o livro do qual ele fala neste vídeo, "Geography of Time". Basicamente ele fala em como diferentes culturas encaram o passar do tempo; um conceito muito interessante, é o "pace of life". Nos países com mais população, ou com climas mais frios, ou mais industrialmente desenvolvidos, as pessoas tendem a ter um "pace of life" maior. Mentalidade tempo-é-dinheiro: dormir e descansar, ou até mesmo tempo de lazer, é desperdício de tempo porque não há lugar a produção. Por outro lado, países mais pequenos, menos desenvolvidos com com climas mais quentes (estes são apenas algumas variáveis, claro que há mais), o "pace of life" é menor. Há uma mentalidade muito mais "hei-de-fazer, amanhã ainda é dia, e tenho horas à minha frente", muito mais relaxada, "laid-back". Curiosamente (ou não) há uma tendência geral para maior probabilidade de desenvolver doenças coronárias nas pessoas que são future-oriented, do que nas past ou present-oriented.  

Achei que era tempo de parar e fazer uma análise à minha perspectiva de tempo na vida. Eu sou, definitivamente, present-oriented, hedonistic type. Procuro sempre por aquilo que me dá prazer e evita o sofrimento ou desconforto de qualquer tipo.

Também sou past-oriented, mas do tipo positivo, gosto de olhar para trás e reviver histórias e memórias... mas raramente me arrependo de algo, o passado é para deixar no passado. Gosto de planear, nesse aspecto sou future-oriented: sou list-making addicted, tenho uma agenda, sou organizada..mas por outro lado também deixo sempre espaço para viver no presente, procurar o prazer, evitar a dor (pleasure seeking, pain avoiding). Sou do tipo de organizar 2 ou 3 dias só para estudar, mas num deles fazer outra coisa qualquer só porque me apetece e me dá prazer. 

Esta experiência Erasmus ensinou-me a ser mais paciente. Nunca tinha paciência para esperar por nada, antes. Agora, se há coisa que digo sempre quando as pessoas me apressam para algo, é "WAIT! patience is a virtue!!". Tudo o que nos faz esperar é sempre melhor, no fim (tal como tudo o que é difícil). Por outro lado, sinto que o meu "pace of life" neste último ano foi gigante, foi mesmo rápido, devido à quantidade e qualidade de acontecimentos num tão curto espaço de tempo. Sinto que este ano passou a correr mas eu, no geral, estou uma pessoa bem mais calma, e bem mais, mas bem mais!, present-oriented e hedonista. O que nem sempre é bom, quando chegam aquelas alturas em que tenho mesmo mesmo mesmo de estudar... mas em vez disso faço outra coisa qualquer, porque penso "ainda falta uma semanaaa...hoje posso escapar o estudo intensivo". Não gosto de viver na semana que vem, com a preocupação antecipada de um evento (ex. um exame) que só vai acontecer daqui a 7 dias. Sim, apesar do "pace of my life" ser rápido e mais que rápido, por dentro estou bem mais "laid-back" :)

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Fazer anos em Amesterdão

pode ser tão cansativo. Mas claro, tudo vale a pena. Tudo, tudinho :)

[No fim esqueci-me da parte mais importante, tirar fotografias.]

terça-feira, 24 de abril de 2012

22 anos.

Aproximadamente há 4 anos, tive um pensamento do qual nunca me esqueci, e que continuo a ter frequentemente. Era uma 6ª feira de 2008, não me lembro especificamente da hora, mas sim da situação. Eu estava a viver em casa da minha avó, na altura, e tinha ido até à paragem de autocarros para me encontrar com uma amiga. Enquanto esperava, via as pessoas a passar, dentro e fora do transporte, dentro e fora das lojas, sozinhas, acompanhadas, de tudo... pensava para mim mesma, como o tempo passa, como naquele fim de dia de 6ª feira as pessoas tinham um ar mais contente por saberem que uma semana de trabalho acabava e o fim-de-semana de merecido descanso começava. Pensei para mim mesma "wow, desde a última 6ª feira já passou uma semana e eu nem dei por ela". Não sei porquê mas este pensamento ficou, ficou mesmo, e desde essa 6ª feira, que quase todas as 6ªs feiras tenho o mesmo pensamento e não consigo evitar ter o mesmo momento de reflexão para comigo mesma sobre o passar do tempo e o que ele representa para mim, e como a minha perspectiva sobre ele muda ao longo do próprio tempo. No fundo, tudo tem a ver com tempo, está relacionado com tempo, e/ou é afectado pelo tempo. Eu sei que tenho andado a falar imenso de tempo - isto deve-se ao livro que estou a ler, "Geography of Time". Mas realmente, nunca nos apercebemos (e eu nunca me tinha apercebido antes, pelo menos tão bem quanto agora) a enorme influência que o passar do tempo e a perspectiva do tempo tem na experiência humana. Em, literalmente, toda a experiência humana. Eventualmente mudei de casa (umas quantas vezes, passei a vida a mudar-me!), mas continuei a viver mais ou menos na mesma área da cidade e passava bastantes vezes por aquela paragem de autocarro, especificamente, onde tinha tido o pensamento pela primeira vez. E não houve vez que não pensasse nisto. Aqueles breves 2 ou 3 minutos em que penso nisto todas as 6ªs feiras, ainda hoje - e não me perguntei porquê 6ª e não outro dia qualquer, que não sei - têm um grande impacto na forma como eu vejo o tempo na minha própria vida, na minha experiência, no fundo, na minha história. Esta 6ª feira aconteceu há 4 anos atrás, e em 4 anos, esta lembrança faz com que tenha uma maior noção do passar do tempo e do que aconteceu neste período de tempo (tanto, nem vou entrar por aí, foi "só" TUDO que mudou). Funciona para mim como um ponto de referência e de reflexão, em que me questiono a mim mesma "o que mudou? de que forma mudou? o que era melhor, ou pior? a julgar pelos acontecimentos dos últimos 4 anos, será que em 8 será ainda mais diferente? será que daqui a 4 anos vou continuar a ter este pensamento idiota todas as 6ªs feiras?". lol. Este mês houve uma 6ª feira 13, foi um dia importante em que voltei a pensar nisto, e acerca do qual não pude deixar de escrever; sempre pensei sobre isto, mas nunca me ocorreu escrevê-lo (talvez porque ache um bocado parvo, ou que as pessoas que vão ler isto vão achar isto parvo!).

Saltando directamente da minha perspectiva do tempo para algo mais concreto: hoje faço 22 anos. É tão estranho, só ter 22 anos, pois sinto-me bem mais velha. Sinto que dos 18 aos 22 houve um grande, enorme, gigante salto, mas tenho a noção, ou pelo menos a ideia, de que foi um salto extraordinário para apenas 4 anos. foi um salto equivalente ao que aconteceria em 6 anos, se eu fosse uma pessoa normal e não louca. no sentido de que de 4 anos daqui para a frente, não acho que o grau de mudança ou de crescimento vá ser o mesmo. sinto-me mais velha do que realmente sou. a julgar pelo que vivi, diria que já devia estar a completar os 24 ou 25. mas sempre é bom ainda ser jovem assim, e ter tanta vida pela frente.

Bem, ainda nem caí em mim, nem acredito que vou passar o meu 22º aniversário em Amesterdão! que experiência super única.

(Acho que esta noite vou transpirar felicidade em estado puro...).

Espero sentir-me tão jovem, enérgica e proactiva em relação à vida, como me sinto agora, com 22 anos tão fresquinhos... quando tiver 70 :) e continuar a ter o mesmo pensamento todas as 6ªs feiras, às vezes é irritante, mas interessante ;)

sábado, 21 de abril de 2012

Project-oriented & intellectual stimulation - I need to keep my mind always going on

O que mais tem caracterizado a minha vida nas últimas semanas tem sido um caminho de auto-descoberta e auto-conhecimento. Se no semestre passado eu vivia no presente, nunca pensava no amanhã, foram 6 meses que tirei da minha vida exactamente para não me preocupar, para simplesmente experimentar e viver e descobrir e aprender, 6 meses para não pensar demais como sempre faço, este semestre estou a aplicar o conhecimento que adquiri nos últimos meses, à minha vida e, sobretudo, a conhecer-me melhor a mim mesma (um caminho que percorro desde os 16 anos, e espero percorrer durante toda a minha vida, nunca devemos para num ponto na vida e pensar "ok, agora já estou como quer ser" e não mais evoluir; eu quero continuar a evoluir, e estes meses foram um dos períodos mais intensos da minha vida em termos de evolução; considero mesmo que neste ano cresci o que cresceria em 2 ou 3 anos em Lisboa, e sob condições "normais" e não Erasmus). Estou numa fase introspectiva, em que por vezes me deixo dissolver em pensamentos, perguntas, dilemas, questões sobre a vida às quais nunca conseguirei responder, nunca ninguém conseguiu, elas não são para ser respondidas, e no final, muitas vezes crio uma enorme confusão na minha cabeça, uma confusão da qual é difícil ver-me livre...

Mas também tenho momentos de clear-mind, de clarificação, de "ah, é isto", "hoje descobri algo novo acerca de mim mesma".

Uma das coisas que aprendi acerca de mim mesma é que sou project-oriented. O que é ser projec-oriented? A wikipédia diz que: Project-oriented learning engages learners in some kinds of projects that usually will lead to products. However, the main goal the process is the learning effect and not the product in itself.

Outro site diz-me: POP (Project Oriented People) means that you like challenges, POP means that you like to start when everything is complex and hard and leave when most ambitious goals are achieved. POP means adventure, hard working and intensive living!

Sim, eu sou definitivamente project-oriented. Porque gosto de pôr um pouco de mim em tudo o que faço, gosto de inventar coisas para fazer nas quais possa pôr um pouco de mim, gosto do desafio (sobretudo de desafiar-me a mim mesma), gosto de "enjoy the process", e gosto especialmente, da aprendizagem que ganho sempre ao longo do processo. E sobretudo, gosto de ter sempre algo que me preencha. Gosto de preencher a minha vida e o meu tempo com pequenas coisas que me fazem feliz, porque cheguei à conclusão de que ficar em casa todos os dias sem utilizar o cérebro, mata-me, matou-me quando o fiz, passei por essa fase. Não consigo fazer isso, não consigo ser assim, simplesmente, há dias em que acordo e só o pensamento de não ter nada que fazer revolta-me o estômago (ainda que seja bom de manhã porque estou sempre sonolenta e posso dormir, mas durante a tarde este sentimento mata-me). Quando eu não tenho nada que fazer, eu pura e simplesmente invento. Gosto de "me meter" em pequenas coisas, por muito pequenas que sejam, gosto de ter mini-projectos, como gosto de chamá-los, coisas com que me preocupar, coisas que me dão gozo. Podem ser coisas pequenas como ler um livro e escrever os meus pensamentos sobre ele e o que aprendi, pode ser montar o meu livro sobre Erasmus - sim, estou a planear fazê-lo, um livro com todas as minhas experiências -, pode ser simplesmente ter peixes de estimação que o Eugene me deu - apesar de um deles ter morrido e ter sido sol de pouca dura, todo o processo que me levou a finalmente tê-los foi um gozo enorme -, pode ser um dia resolver fazer uma limpeza no meu armário, encontrar aquelas malas de algodão que agora estão tão na moda e querer tingi-la de cor-de-rosa ou cor-de-laranja, fazer novas combinações de roupa, pode ser manter este blogue, tirar fotografias e editar as cores, escrever (muito...escrevo tanto para mim mesma)... Para além das obrigações óbvias como a universidade e outras coisas, e hobbies e "recreation time" com amigos (os melhores do mundo), gosto sempre de ter algo só meu, algo em que eu posso investir, dar algo de mim mesma e no final olhar e poder dizer "eu fiz isto". Os meus mais recentes projectos (para além de ter que estudar, claro) são: o meu livro sobre Erasmus, planear o meu aniversário, ler o livro que estou a ler (é tão interessante) e começar a aprender Yoga - o Eugene vai ensinar-me a fazê-lo!

Sim, eu sou definitivamente project-oriented. Sempre fui assim, desde que me lembro. Tenho esta mania de fazer listas com coisas que gostava de fazer, e de realmente empenhar-me nelas quando tenho tempo livre, disposição e motivação. Gosto de criar pequenas coisas só minhas, mesmo que para os outros seja insignificante.

O facto de ser project-oriented está intrinsecamente relacionado com o facto de eu gostar de ser intelectualmente estimulada. Gosto da explosão de ideias que ocorre na minha mente quando tenho uma conversa com uma mente brilhante.Procuro constantemente por excitação na minha vida, tenho esta necessidade de ser estimulada. Acho que não há nada melhor do que ter uma conversa intensa que deixa a minha mente a 1000 à hora e ideias imensas e pensamentos a saltitar de um lado para o outro, e a rapidez das sinopses no meu cérebro. É, aliás, destas convivências - com pessoas que me estimulam intelectualmente - que tenho tantas ideias. E as ideias são tantas, que mais de metade delas se perdem no caminho entre a minha mente e uma folha de papel. Mas a sensação de ter ideias - e gosto de tê-las constantemente - faz-me sentir viva, alerta, proactiva. Adoro que desafiem a minha forma de pensar com pontos de vista únicos e com os quais nunca tinha sido confrontada. Adoro aprender destes pontos de vista únicos. É isto que me faz querer continuar a conectar-me com pessoas interessantes e a aprender tudo o que posso sobre a raça humana. Sou facilmente surpreendida com um bom discurso.

 Este é um lado de mim mesma que tive gozo em descobrir. Não posso mentir, eu adoro ser assim, não quereria ser doutra forma. :)

(*) conceito retirado daqui: http://www.youtube.com/watch?v=A3oIiH7BLmg (vídeo do livro que estou a ler, "Geography of Time".

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Autoconhecimento.


Pensamentos soltos e algumas coisas que escrevi ao longo deste caminho de auto-descoberta e auto-conhecimento que esta a ser esta minha aventura... (aviso: ha coisas muito incoerentes e confusas. e assim que a minha mente funciona...)


Quem sou eu? Não sei, nunca soube, sempre soube, sou feita de tudo. O meu ser é feito de discordâncias enormes e gritantes. Sou demasiado incerta. Inúmeras vezes dou por mim a questionar e a ser incoerente acerca das minhas próprias crenças e opiniões.Tenho um ego irritantemente grande, procuro constantemente por reconhecimento alheio, apesar de me amar por dentro e por fora. É o que mais odeio em mim, a procura constante por me sentir importante, se pudesse livrar-me de algo na minha personalidade, seria isto. Eu não quero querer saber o que acham de mim. Nem tampouco quero que a opinião dos outros seja tão importante. Sou egocêntrica, de alguma forma diria ate que sou egoísta, e apesar de ser acreditar numa qualquer espécie de união entre todos os seres humanos, unidade cooperação e ajuda, no final do dia os meus próprios interesses vêm primeiro. Como qualquer ser humano que não seja um guru espiritual, digo eu. Sou superficial e fútil, sou materialista, adoro aparências, mas sou simultaneamente essencial. Vejo felicidade pura nas mais pequenas coisas, porque tive o privilégio de a experienciar. Gosto de experimentar, gosto da ansiedade, da adrenalina, da expectativa, de fazer algo que nunca fiz. Sou complicada, sou simples, sou indefinível. Gosto de dar nas vistas, mas não gosto de me esforçar para tal. Antes quero ficar quieta no meu canto, ser sozinha e só, e esperar que me notem. Outra vez o problema do reconhecimento alheio. Estou sempre à espera de algo, já me esqueci de como é não estar à espera. Não gosto de não ter um horizonte em vista, não gosto que nada seja incerto senão eu mesma (e quão incerta sou!...), serei para sempre uma eterna insatisfeita. Redundância? Martirizo-me por saber como hei-de me sentar a olhar para o horizonte, em vez de mergulhar neste imenso mar que se apresenta perante mim, e não descansar enquanto não lá chegar. É um martírio doloroso, que faz parte do software que veio comigo. Procuro constantemente excitação na minha vida, não gosto da sensação de que "nada se passa"; quando nada se passa, eu invento algo para se passar. Pessoas e coisas aborrecidas deixam-me deprimida. Vivo no presente e no futuro ao mesmo tempo, mas o meu futuro é feito de pequenos e eternos presentes, os melhores são aqueles que não planeio. O passado, esse, é um plano do qual raramente me lembro, raramente me arrependo, raramente olho para trás. Esqueci muitas das escolhas que fiz e, sobretudo, por que as fiz. Esqueci-me de muito acerca de como era, como agia, e porque o fazia. O que me movia. Sou transparente e fiel a mim mesma e com os outros, porque sei que consigo ser tudo o que quero e tenho grande capacidade de auto-controlo. Sei que quem manda nas minhas emoções, motivações, ações, sou eu – ou o meu ego gigante, ou alguém que se faz passar por mim, alguém que por vezes não conheço. Sou ambiciosa e quero sempre mais. Acredito que a vida e o significado dela está no caminho que percorremos, e não no destino que (todos) encaramos. Mas simultaneamente gosto de querer sempre mais e vejo sempre mais longe. Preciso ser intelectualmente estimulada; conversas de café e palavras vazias vindas de pessoas que passam os serões à frente da televisão e nunca leram um livro do fim até ao fim, matam-me por dentro. Preciso pessoas à minha volta que me estimulem, que me ensinem, que me inspirem, que me contem episódios de vida aos quais eu diga "wow". Não é por ser má, ou injusta, ou que tenha uma mente fechada e não dê oportunidade a certas pessoas; é mais que certas pessoas estragam tudo quando abrem a boca, e eu aprendi a ter mais cuidado com o ar que me circunda, limpar o que não interessa, filtrar o melhor. Sou maleável, sou um rio, mas também uma estrada recta feita de alcatrão fresco. Sou indefinível e adoro redefinir-me de dia para dia. Raramente me lembro de como me defini ontem e no que concerne ao amanhã, esse, deixo sempre por definir. Gosto de questionar tudo o que sei, tudo o que sou , tudo o que conheco, e tudo o que aprendo. Nao gosto de absolutismos, antes prefiro reformulações, ajustamentos de prisma, um enorme espaco de manobra para lidar com o que der e vier. Sou, assim, livre. Livre de mim. Livre de ter de corresponder a qualquer expectativa que faça de mim mesma, porque de mim mesma espero tudo. Livre de qualquer julgamento ou obrigação moral para comigo mesma. Sou livre de mim própria porque aceitei as consequências da minha liberdade. Não gosto de ter correntes atadas às mãos, e muito menos ao pensamento. O que mais há de livre em mim, é o pensamento. Sou liberdade.

Seja como for. É sempre um tudo seja como for. Nunca é certo, nunca é errado, nunca é nada nomeável nem passível de se lhe pôr uma etiqueta. É sempre e sempre poderá ser tudo um como quer que seja, um fluído seja como for.

Nao acredito em ideias inatas, sou claramente uma empiricista. Considero-me e delcaro-me como uma tábua rasa, sempre a ser pintada pelo mundo à minha volta. Adoro absorver tudo o que vejo, vivo, experiencio, sinto, filtrar o melhor, mas tenho um mundo completamente do avesso dentro de mim. 

Sou a pessoa mais feliz do mundo, porque já aceitei em paz o quão depressiva e sem qualquer sentido a vida pode ser, se olharmos com atenção. 

Queria tanto conseguir não me perder nestes pensamentos com a frequência com que o faço. Múltiplas vezes me pergunto porque não posso simplesmente viver, em vez de analisar a vida. Em vez disso, dissolvo-me neles e eles dissolvem-se em mim. Estou farta de razoes, o meu maior desejo, por vezes, e que nao houvesser razoes, de todo, sobre as quais eu penso demais. Penso demais. E o preco a pagar por ter crescido tanto e descoberto tanto sobre mim mesma neste ultimo ano.

A cor dos meus pensamentos

São laranja, rosa, vermelho. São pretos, castanhos, bordeaux, cinzentos. Quero que os meus pensamentos coloridos e menos coloridos, moldados pelo tempo e pela experiência, saiam do meu corpo. Tenho medo de mim própria. Os meus pensamentos são tão confusos que não consigo organizá-los de uma forma coerente e satisfatória. Nunca satisfatória. Os meus pensamentos são tão abstractos, tão feitos de nada, alguma coisa no ar apenas. Não são compostos por palavras, mas sim por imagens, o que me inabilita de me ouvir a mim própria, ou até mesmo ter um diálogo comigo mesma. O que escrevo, o que falo, o que faço, vem directamente de imagens, apenas e só imagens, do que penso que falo comigo mesma. Gosto de ouvir outras pessoas e gosto de fazer perguntas acerca de como pensar, mesmo quando não quero que a minha forma de pensar seja especificamente aquela, ou mesmo quando aquele pensamento já viveu e viveu na grande sala que é a minha mente, porque consigo ouvir as outras pessoas por palavras, palavras concretas, palavras quase palpáveis.
Estes pensamentos não me abandonam, nunca irei ver-me livre deles. Acumulam-se como camadas de pó coloridas, embaciando assim a cor viva de que são feitas as paredes dos quartos do meu corpo e da minha mente. Eu penso sobre ser, sobre fazer, sobre sentir, sobre agir. Eu penso sobre pensar.
Mas vezes ha em que eu só quero ser. Não quero mais este estado mental, nem os futuros estados mentais que nunca consigo prever. Não quero preocupar-me, não quero trabalhar, não quero procrastinar, não quero estudar, não quero aprender, não quero pensar, não quero sentir, não quero viver com a intensidade com que sempre vivo. Não quero ser feliz, nem infeliz, não quero estar alegre nem tampouco triste. Vezes ha em que só quero existir. Meramente existir. Esta vida destituída de qualquer significado. Esta vida cheia de pequenas coisas, aleatórias, inimportantes, pelas quais passamos sem nunca reparar, estas coisas às quais insisto em dar um significado inventado.
''Hoje quero apenas sentir o absurdo da vida, esperar que esteja presente esta coisa que se ausenta tanto, esta coisa que está sempre ausente, o que torna ainda maior a sua presença. Está presente porque é feito de ausência. É um buraco negro cheio de nada. É um absurdo."
Sei que só tenho de mudar a minha forma de pensar, e o facto de pensar tanto.


Por vezes sinto-me líquida. Como se de água o meu corpo fosse feito. Como se todas as minhas escolhas, pensamentos, motivos, emoções, motivações, coubessem num copo de água e eu pudesse vê-los de fora. Daqui para a frente, porque o que ficou atrás é um blackout para mim. A vida acontece à minha frente, e tantas vezes lhe perco o fio. o tempo acontece, as pessoas acontecem, eu aconteço. Procuro excitação, procuro êxtase, procuro algo que me faça acreditar que não há razão para assistir impávida ao desenrolar da vida. Procuro. Constantemente. Às vezes esqueço-me de respirar. Respiro fundo um ar que é maléfico, e esqueço-me de respirar quando me esqueço de existir. Gostava de saber ser. Agora e aqui, sem se’s, nem porquês, nem para quês. Nem culpas nem vergonhas. Gostava que não houvesse razões, de todo.

Às vezes questiono-me se tudo o que fiz no passado não passou apenas de pequenos experimentos, no grande laboratório que é a minha vida. Se não usei pessoas e situações como experiências para compreender este mundo e esta vida. Se a minha falta de capacidade de arrependimento não será derivada à liberdade que dou a mim própria de falhar. Falhar constantemente, até acertar. Se a minha falta de habilidade para saber quando falho ou não, não deriva apenas da abertura e tolerância extremas que me caracterizam. Não sei mais o que é certo ou errado, o que faz sentido ou não. Não sei, porque a minha mente não fala. Ela só vê imagens. Não sei mais se o facto de por vezes sentir que não tenho sentimentos não será derivado ao facto deles serem demais. Não sei até que ponto esta minha bipolaridade e incoerência constantes gritantes dentro de mim, estarão relacionadas com o facto de nunca me conseguir colocar no polo oposto em que estou no momento, pura e simplesmente por não me lembrar de como era quando me sentia assim.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Wonderland Girl?

Tive de criar uma conta nova para o blogue, porque o blogger estava sempre a chatear-me com o espaço para as imagens, que acabou. Não me deixava carregar mais fotos para o blogue, e isso não pode ser, não não. A modos que criei uma nova conta, e adicionei-me a mim mesma, com a minha antiga conta, como colaboradora do blogue. Mas ainda sou eu, não se assustem! E por falar em fotos, aqui vai um pequeno update. Eu quero escrever o máximo que posso, mas às vezes não tenho tempo, ou paciência...ou às vezes até mesmo tenho tempo e paciência, mas acho que palavras nunca vão contar tão bem a história como fotografias. Além disso, estive a dar uma vista de olhos horizontal pelo meu blogue e apercebi-me de que ultimamente tenho andado a repetir-me demais. Que sou feliz, que sou feliz, que sou feliz, que a minha vida é o máximo. Vou calar-me um bocado com isso! :D

Tenho de começar a escrever textos mais sérios...  :D


segunda-feira, 16 de abril de 2012

As pessoas mais importantes na minha vida / The most important people in my life

Este post não tem o intuito de excluir ninguém. Mas não contando com a minha família, obviamente, estas são as 6 pessoas mais próximas, que mais me inspiram, e mais importantes para mim, de momento (e creio que para a vida). Aquelas 6 que eu quero definitivamente manter na vida e que a marcam de uma forma especial. Escrevo este post porque se houve coisa que esta experiência me tem estado a ensinar, é a filtrar melhor as companhias na minha vida e as pessoas que eu quero manter nela. // This post is not designed to exclude anyone. But not counting my family, obviously, these are the six closest people that inspire me more and are more important to me at the moment (and I believe for life). These six I want in my life because they mark it in a special way. I write this post because if there is something that this experience has been teaching me, it is to best to filter the companies in my life and the people I want to keep in it.


A Vera é a minha irmã de alma. Nunca mais me esquecerei da ligação que criámos na noite de 27 para 28 de Dezembro de 2010, quando ficámos a conversar durante 14 ininterruptas horas e acabámos com um saco cheio de erva. A Vera viu-me crescer, e cresceu comigo. Sempre me ajudou a manter os pés na terra, enquanto eu mantinha a cabeça no céu. Aconselhou-me, ajudou-me, repreendeu-me quando necessário, elogiou-me, acompanhou-me, foi e é uma irmã para mim. Através da Vera emadureci em todos os sentidos, sou hoje menos criança e mais mulher graças a ela.



O Alexandre é a pessoa que mais me faz sorrir, só de pensar nele. Representa o meu lado egocêntrico, artístico, sexual, animal. É fogo e tudo o que está relacionado com ele. É uma “forma geométrica com muitas arestas afiadas” (quoting Marcel). O Alexandre representa o que de mais vain há em mim, mas no bom sentido. Muito da minha auto-estima, devo a ele. O Alexandre é uma pessoa que eu admiro por sonhar alto, e não ter medo de dizer o que quer. O Alexandre é uma pessoa que eu admiro ainda mais porque cresceu o suficiente para se abrir apenas com quem merece, e eu tive o privilégio de o ver crescer (ainda me lembro quando tinhas o cabelo loiro platinado). O Alexandre representa sonho, ego, fogo, força, intensidade. Se há momento que eu quero partilhar com ele antes de morrer, é conhecer a Vanessa que tornou tudo isto possível, e agradecer-lhe.


O Jan é simplesmente… glittering. O Jan tem um sparkle tão bom e quente e cozy que vem de dentro, é impossível não sorrir na presença dele. O Jan viu-me crescer no ano mais importante da minha vida, o do meu Erasmus. Partilhei com o Jan coisas que experimentei pela primeiríssima vez. O Jan representa, para mim, tudo o que a vida tem de positivo. A inteligência, a amabilidade, o calor que ele transmite para mim em qualquer situação, não tem preço. A forma como ele olha para mim e canta músicas brasileiras porque decorou as letras, mesmo sem saber o significado, só porque gosta da forma como soa, faz-me acreditar que a vida é bela. Ele faz-me sempre sentir bem mesmo nos piores momentos. O Jan é como um irmão para mim.  


A Sara é uma das pessoas que mais me inspira. Tenho um gozo enorme em ouvi-la durante horas e horas. Faço piadas estúpidas e infantis sobre ela ser tão sábia e sobre querer “beber da sua sabedoria”, mas são piadas que reflectem aquilo que sinto em relação à Sara: admiração! Admiração pela forma como ela é, como ela pensa, como ela vive, e como ela defende aquilo em que acredita. Admiração pela disciplina que leva e que a permite "atingir o estado de ecstasy sem tomar ecstasy". Sinto-me lisonjeada por ter uma amiga assim, que me inspira tanto. E espero que um dia ela me ensine a "atingir o estado de ecstasy, sem tomar ecstasy".



A Roos faz-me sentir que posso ser eu própria. É uma das pessoas mais simples e naturais que conheço. Ela não tem medo de ser quem é, ela simplesmente é, de uma forma não extravagante, mas subtil. A Roos é uma óptima companhia e nunca me farto dela, mesmo estando horas e horas. Adoro ouvi-la falar, porque ela também representa para mim o mundo real, e quem me puxa para baixo da nuvem em que sempre me encontro. Ela representa a vida real, os pés na terra. É, definitivamente, a minha irmã de Erasmus.



And at last, but not least…


O Marcel é mais do que um grande amor e paixão, um amigo de verdade. O Marcel representa o cúmulo da minha aprendizagem no que respeita a relações amorosas. É o sentir pela primeira vez que encontrei alguém com quem me vejo a construir um futuro. É um companheiro de vida, e se assim tiver de ser, será do melhor. O Marcel foi a pessoa que mais marcou o meu Erasmus. Foi uma das pessoas que me viu crescer nos últimos meses, a pessoa com quem experimentei algumas coisas pela primeiríssima vez na vida. Ele completa-me de uma forma que eu nunca me senti completa. O Marcel é amor, é paixão, é companheirismo, e sobre essas palavras, pouco mais há a dizer.




Translation



Vera is my soul sister. I will never forget the strong bond that we created on the night of 27th to 28th December 2010, when we were talking for 14 hours Interruptible and ended up a bag full of weed. Vera saw me grow up, and grew up with me. Always helped me keep my feet on the ground, while I held my head in the sky. She advised me, helped me, repreended me when necessary, praised me, accompanied me, was and is a sister to me. Through Vera I matured in every way, I am now less of a child and more of a women because of her.




Alexandre is the person who can make me smile just thinking about him. He represents my egocentric, artistic, sexual, animal side. He is fire and everything that is related to it. He is a "geometric shape with many sharp edges" (quoting Marcel). Alexandre brings out the most vain there’s in me, but with a positive meaning. Alexandre is a person I admire for dreaming big and not afraid of saying what he wants. Alexandre is a person I admire even more because he grew enough to open up himself only with those who deserve it, and I had the huge previlege of accompanying that maturation (I still remember when he had platin blond hair). Alexandre is dream, ego, fire, strength, intensity. If there is something I want to share with him before I die, is to meet that girl Vanessa that made all this possible, and thank her.



Jan is just ... glittering. Jan has such a nice, warm and cozy sparkle that comes from the inside, it is impossible not to smile in his presence. Jan saw me grow during the most important year of my life, my Erasmus year. Jan shared with me things I experienced for the very first times in life. Jan is, for me, all that life has of positive. Intelligence, kindness, warmth he transmits to me in any situation, is priceless. The way he looks at me and sings Brazilian songs because he learned the lyrics by heart even though he doesn’t know the meaning but loves the sound, makes me believe that life is beautiful, and that everything is going to be fine even on the worst days. Jan is like a brother to me. I am so glad he went to Portugal in February/2011.


Sara is one of the people who most inspire me. I have a great joy in listening to her for hours. I make stupid and childish jokes about her being so wise and about wanting to "drink of her wisdom," but they are jokes that reflect what I feel about Sara: admiration! A model of way to think and way to live for me. The kind of life that requires discipline and that allowed her to “reach the state of ecstasy, without the ecstasy”. I am flattered by having a friend like her,  that inspires me so much. And I hope she teaches me, someday, how to reach the state of ecstasy, without taking it!




Roos makes me feel that I can be myself, with no room for judgments, only a great acceptance. She’s one of the most simple and natural people that I know. She is not afraid to be who she is, not in a fancy, but yet subtle, way. Roos is an excellent company and I never get sick of it, even though she can speak for hours and hours. I love to hear her speak, because it also represents to me the real world, and pulls me down from the cloud that I always find myself in. It represents real life, down to earth. She is also very proactive and excited about things, which makes me excited as well. Everytime I talk to her, I feel better in some kind of way. Plus we also lived many unique and priceless experiences, that I'll never forget. It's definitely my Erasmus-sister.



And at last, but not least ... 


Marcel is more than a great love and passion, a true friend. Marcel is the height of my learning with regard to relationships. It is the feeling for the first time I met someone myself to build a future. It's a life partner, and if it has to be, it will be the best for sure. Marcel was the person that most marked my Erasmus. It was one of the people who saw me grow in recent months and with whom I shared experiences for the very first time of my life. He just makes me feel complete in a way I never felt before. Without him there's always a kind of painful emptiness and a huge desire to be next to him. Marcel is love, passion, excitement, enfatuation, and on those words, there is little to say more.













We are all so different, and still, I feel you like we are One. We do magic together!

Nota importante: apesar destas seis pessoas serem definitivamente as mais significativas para mim, nao posso deixar de referir outras pessoas que tive o previlegio de conhecer pelo caminho, neste ultimo ano. Entre eles friso os meus dois grandes amigos Kangkai e Eugene. Mais uma vez totalmente opostos em tudo, mas que me inspiram de formas diferentes

sábado, 14 de abril de 2012

The Amsterdam effect #1


Quando tenho de estudar, tudo acontece ao mesmo tempo e eu nunca consigo resistir.

(quando finalmente ao fim de 7 meses de Erasmus eu resolvo estudar a sério, estou atrasada no estudo uma semana e meia!).




















































Hoje foi o dia todo a rever momentos preciosos do primeiro semestre. O Kangkai (um dos meus melhores amigos do semestre passado), bem como a Katlin e a Irina (duas raparigas que eu o e Kangkai conhecemos quando fomos a Barcelona em Dezembro) estiveram a visitar Amesterdão e passar o dia com eles foi como reviver o que se passou há 5 meses atrás... memorável! "Another moment to cherish!". A minha vida é feita destes momentos e é disto que me faz tão feliz! Foi mesmo, mesmo bom.

 E cheguei a uma conclusão: este segundo semestre não está a ser pior (apesar de eu sempre achar que o primeiro foi o melhor porque foi a minha primeira experiência, e de que este está a ser mais "normal"). Neste semestre continua tudo a ser fantástico e excitante como no primeiro (aliás, eu nem queria sair daqui nunca, não tenho vontadinha nenhuma de voltar a Portugal daqui a 3 meses e queria esticar estes 3 meses para mais 6, que estou aqui tão bem)... mas com diferentes coisas. E coisas novas! Como eu gosto de coisas novas! Este semestre é aquele a que eu gosto de apelidar de "semestre dos pequenos significados". São pequenas coisas que à primeira vista não têm significado ou não seriam a razão primária para a felicidade de alguém, mas que eu consigo ser feliz com elas. São pequenas coisas às quais tiro fotografias e ninguém percebe porquê, ou acham que é estúpido, mas gosto tanto de manter isto... para um dia poder rever de novo e sorrir por ter vivido tão bons momentos! Pode ser um momento de criatividade, as paredes loucas do meu quarto, uma nova coffeeshop, um novo local na cidade, um passeio sem destino quando o sol se põe em Amesterdão, conhecer alguém de forma totalmente aleatória que faz anos exactamente no mesmo dia e mês que eu (e também com o mesmo ano de nascimento), o meu  peixe de estimação, montar o meu livro com experiências Erasmus escritas, as coisas interessantes que aprendo, as pequenas mensagens daqui e dali que vão ficando, momentos especiais com pessoas especiais, amigos, troca de conhecimento constante por lidar com diferentes nacionalidades e culturas numa base diária, sol, vida! Significa que estou uma pessoa mais sensível às pequenas coisas que me rodeiam e me deixam feliz.

Tenho andado numa pilha de nervos porque tenho mil e uma coisas para fazer para a universidade (porque este semestre tenho, definitivamente, de compensar a quase total ausência de estudo do semestre passado)... Mas resolvi viver um dia de cada vez. Adoptar a perspectiva do Jan, que diz sempre com aquela voz querida que só ele "don't worry, everything is going to be fine in the end" (mesmo naqueles dias definitivamente Não). Viver um dia de cada vez, take life as it comes, ter algum grau de espontaneidade e adaptação às circunstâncias que mudam constantemente, ser mais paciente, fazer as coisas devagar e com calma, e deixar de ser impulsiva, como sou sempre. O Eugene também tem sido óptima companhia, aliás é com ele que passo a maior parte do meu tempo livre (escasso, devo dizer) me ensinou umas técnicas de meditação óptimas! Sempre que estou em stress tento meditar um pouco... não sou guru nem consigo nunca esvaziar a minha mente completamente, mas ajuda tanto! E inspira-me... ultimamente tenho andado a escrever tanto! (não no blogue, mas para mim). Enfim. As coisas passam-se (e passam-se muito e tanto!!), mas vivo um dia de cada vez, encaro pela positiva, e sou feliz assim... com este "semestre de pequenos significados". Tenho uma sorte tão grande por ter as pessoas que tenho ao meu lado! São encorajadoras, inspiradoras, e ensinam-me tanto de dia para dia... sou hoje uma pessoa melhor graças a eles.

Ainda um ponto importante de frisar, é que a rapidez com que as coisas acontecem continua exactamente a mesma. Tudo se passa ao mesmo tempo, desde  3ª feira um mundo inteiro de coisas aconteceu e mudou, e hoje é só 6ª feira. às vezes é tanto que se torna difícil de absorver... e por isso o tempo passa tão rápido, devido à sensação de mudança constante. já estamos a meio de Abril e eu sinto que a passagem de ano foi ontem. Juro!

Este dia e noite foram loooongos... mas fantásticos! O meu próximo desafio vai ser descobrir como raio vou fazer este-fim-de-semana para conciliar estudo (bem necessário) e outras coisas que tenho e quero fazer... mas bom, um dia de cada vez!


Hoje tracei do meu calendário mais 2 dias (ou, neste caso, menos) que faltam para ver o meu... babyyyyy, babyyyyy! (como na canção "Baby", da Bebel Gilberto!)


Já para não falar que estou quase quase a fazer anos! FUN FUN FUN!!!

(este post está tão estúpido, mas é só mesmo porque estou super entusiasmada... são 4h20 da manhã. só eu)