O que mais tem caracterizado a minha vida nas últimas semanas tem sido um caminho de auto-descoberta e auto-conhecimento. Se no semestre passado eu vivia no presente, nunca pensava no amanhã, foram 6 meses que tirei da minha vida exactamente para não me preocupar, para simplesmente experimentar e viver e descobrir e aprender, 6 meses para não pensar demais como sempre faço, este semestre estou a aplicar o conhecimento que adquiri nos últimos meses, à minha vida e, sobretudo, a conhecer-me melhor a mim mesma (um caminho que percorro desde os 16 anos, e espero percorrer durante toda a minha vida, nunca devemos para num ponto na vida e pensar "ok, agora já estou como quer ser" e não mais evoluir; eu quero continuar a evoluir, e estes meses foram um dos períodos mais intensos da minha vida em termos de evolução; considero mesmo que neste ano cresci o que cresceria em 2 ou 3 anos em Lisboa, e sob condições "normais" e não Erasmus). Estou numa fase introspectiva, em que por vezes me deixo dissolver em pensamentos, perguntas, dilemas, questões sobre a vida às quais nunca conseguirei responder, nunca ninguém conseguiu, elas não são para ser respondidas, e no final, muitas vezes crio uma enorme confusão na minha cabeça, uma confusão da qual é difícil ver-me livre...
Mas também tenho momentos de clear-mind, de clarificação, de "ah, é isto", "hoje descobri algo novo acerca de mim mesma".
Uma das coisas que aprendi acerca de mim mesma é que sou project-oriented. O que é ser projec-oriented? A wikipédia diz que: Project-oriented learning engages learners in some kinds of projects that usually will lead to products. However, the main goal the process is the learning effect and not the product in itself.
Outro site diz-me: POP (Project Oriented People) means that you like challenges, POP means that you like to start when everything is complex and hard and leave when most ambitious goals are achieved. POP means adventure, hard working and intensive living!
Sim, eu sou definitivamente project-oriented. Porque gosto de pôr um pouco de mim em tudo o que faço, gosto de inventar coisas para fazer nas quais possa pôr um pouco de mim, gosto do desafio (sobretudo de desafiar-me a mim mesma), gosto de "enjoy the process", e gosto especialmente, da aprendizagem que ganho sempre ao longo do processo. E sobretudo, gosto de ter sempre algo que me preencha. Gosto de preencher a minha vida e o meu tempo com pequenas coisas que me fazem feliz, porque cheguei à conclusão de que ficar em casa todos os dias sem utilizar o cérebro, mata-me, matou-me quando o fiz, passei por essa fase. Não consigo fazer isso, não consigo ser assim, simplesmente, há dias em que acordo e só o pensamento de não ter nada que fazer revolta-me o estômago (ainda que seja bom de manhã porque estou sempre sonolenta e posso dormir, mas durante a tarde este sentimento mata-me). Quando eu não tenho nada que fazer, eu pura e simplesmente invento. Gosto de "me meter" em pequenas coisas, por muito pequenas que sejam, gosto de ter mini-projectos, como gosto de chamá-los, coisas com que me preocupar, coisas que me dão gozo. Podem ser coisas pequenas como ler um livro e escrever os meus pensamentos sobre ele e o que aprendi, pode ser montar o meu livro sobre Erasmus - sim, estou a planear fazê-lo, um livro com todas as minhas experiências -, pode ser simplesmente ter peixes de estimação que o Eugene me deu - apesar de um deles ter morrido e ter sido sol de pouca dura, todo o processo que me levou a finalmente tê-los foi um gozo enorme -, pode ser um dia resolver fazer uma limpeza no meu armário, encontrar aquelas malas de algodão que agora estão tão na moda e querer tingi-la de cor-de-rosa ou cor-de-laranja, fazer novas combinações de roupa, pode ser manter este blogue, tirar fotografias e editar as cores, escrever (muito...escrevo tanto para mim mesma)... Para além das obrigações óbvias como a universidade e outras coisas, e hobbies e "recreation time" com amigos (os melhores do mundo), gosto sempre de ter algo só meu, algo em que eu posso investir, dar algo de mim mesma e no final olhar e poder dizer "eu fiz isto". Os meus mais recentes projectos (para além de ter que estudar, claro) são: o meu livro sobre Erasmus, planear o meu aniversário, ler o livro que estou a ler (é tão interessante) e começar a aprender Yoga - o Eugene vai ensinar-me a fazê-lo!
Sim, eu sou definitivamente project-oriented. Sempre fui assim, desde que me lembro. Tenho esta mania de fazer listas com coisas que gostava de fazer, e de realmente empenhar-me nelas quando tenho tempo livre, disposição e motivação. Gosto de criar pequenas coisas só minhas, mesmo que para os outros seja insignificante.
O facto de ser project-oriented está intrinsecamente relacionado com o facto de eu gostar de ser intelectualmente estimulada. Gosto da explosão de ideias que ocorre na minha mente quando tenho uma conversa com uma mente brilhante.Procuro constantemente por excitação na minha vida, tenho esta necessidade de ser estimulada. Acho que não há nada melhor do que ter uma conversa intensa que deixa a minha mente a 1000 à hora e ideias imensas e pensamentos a saltitar de um lado para o outro, e a rapidez das sinopses no meu cérebro. É, aliás, destas convivências - com pessoas que me estimulam intelectualmente - que tenho tantas ideias. E as ideias são tantas, que mais de metade delas se perdem no caminho entre a minha mente e uma folha de papel. Mas a sensação de ter ideias - e gosto de tê-las constantemente - faz-me sentir viva, alerta, proactiva. Adoro que desafiem a minha forma de pensar com pontos de vista únicos e com os quais nunca tinha sido confrontada. Adoro aprender destes pontos de vista únicos. É isto que me faz querer continuar a conectar-me com pessoas interessantes e a aprender tudo o que posso sobre a raça humana. Sou facilmente surpreendida com um bom discurso.
Este é um lado de mim mesma que tive gozo em descobrir. Não posso mentir, eu adoro ser assim, não quereria ser doutra forma. :)
O facto de ser project-oriented está intrinsecamente relacionado com o facto de eu gostar de ser intelectualmente estimulada. Gosto da explosão de ideias que ocorre na minha mente quando tenho uma conversa com uma mente brilhante.Procuro constantemente por excitação na minha vida, tenho esta necessidade de ser estimulada. Acho que não há nada melhor do que ter uma conversa intensa que deixa a minha mente a 1000 à hora e ideias imensas e pensamentos a saltitar de um lado para o outro, e a rapidez das sinopses no meu cérebro. É, aliás, destas convivências - com pessoas que me estimulam intelectualmente - que tenho tantas ideias. E as ideias são tantas, que mais de metade delas se perdem no caminho entre a minha mente e uma folha de papel. Mas a sensação de ter ideias - e gosto de tê-las constantemente - faz-me sentir viva, alerta, proactiva. Adoro que desafiem a minha forma de pensar com pontos de vista únicos e com os quais nunca tinha sido confrontada. Adoro aprender destes pontos de vista únicos. É isto que me faz querer continuar a conectar-me com pessoas interessantes e a aprender tudo o que posso sobre a raça humana. Sou facilmente surpreendida com um bom discurso.
Este é um lado de mim mesma que tive gozo em descobrir. Não posso mentir, eu adoro ser assim, não quereria ser doutra forma. :)
(*) conceito retirado daqui: http://www.youtube.com/watch?v=A3oIiH7BLmg (vídeo do livro que estou a ler, "Geography of Time".
Sem comentários:
Enviar um comentário